porque hoje me sinto mesmo assim... ;(

Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho,
Por mais amigos que tenha sinto-me sempre sozinho.
De que vale ter a chave de casa para entrar,
Ter uma nota no bolso pr'a cigarros e bilhar?

A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.
Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar,
Parece que o mundo inteiro se uniu pr'a me tramar!

Passo horas no café, sem saber para onde ir,
Tudo à volta é tão feio, só me apetece fugir.
Vejo-me à noite ao espelho, o corpo sempre a mudar,
De manhã ouço o conselho que o velho tem pr'a me dar.

Vou por aí às escondidas, a espreitar às janelas,
Perdido nas avenidas e achado nas vielas.
Mãe, o meu primeiro amor foi um trapézio sem rede,
Sai da frente por favor, estou entre a espada e a parede.

Não vês como isto é duro, ser jovem não é um posto,
Ter de encarar o futuro com borbulhas no rosto.
Porque é que tudo é incerto, não pode ser sempre assim,
Se não fosse o Rock and Roll, o que seria de mim?

ah e tal, não vai correr nada bem... CROMO! :p

Ao contrário do que esperava, acordaste nervoso. O coração bate desenfreado no peito que há pouco descansava junto a mim. A decisão final importa cada vez mais. Queres apressar o dia para que tudo acabe e possas ser livre. Mas as horas teimam em não seguir a tua vontade e, quando te reencontro para o último repasto antes do momento crucial, estás noutro mundo. Os teus olhos, outras vezes tão risonhos, estão baços. Nota-se o olhar distante. A tremura das mãos, mas principalmente a tremura do coração. Não sei o que faça. Digo-te mas tu também não ajudas. É justo. Encho-te de mimos e tento sem sucesso afastar o medo. Estás petrificado a olhar as primeiras linhas. A medo, introduzes o trabalho. A medo começas por explicá-lo. Já mais à vontade terminas os 17min. Hora de elogios e esclarecimentos. Hora de sofrimento (malditos 25min…). Não consigo ainda perceber se estás realmente calmo ou se tudo não passa de uma fachada. O veredicto. A alegria da coincidência da nota com o tempo utilizado uma hora antes. A vasta audiência que te quer cumprimentar e que não deixa que te lembre alguns “pormenores”. Deixa. Fica para depois. Temos tempo. Todo o tempo que quisermos para nos alegrarmos e nos preocuparmos. Eu estou aqui. Contigo.

aos novos mestres...

O final da semana que passou, conheceu mais dois novos mestres! Mestres na arte de projectar, souberam deixar mais do que bem a classe! Os homens da casa da lanterna vermelha, terminaram em beleza os seus percursos académicos. E eu, orgulhosamente, aplaudi em silêncio os seus “finalmentes”!

a 17…

… a hora “fatídica” aproximava-se mais lentamente do que desejavas. O nervosismo era mais do que visível: o teu e o nosso. As conversas ocas, progrediam no limiar da loucura. Os passos pequenos, ora para cá, ora para lá, a voz sumida e o sorriso amarelo denunciavam a ausência de quem tu mais querias ali. Chega o instante temido. As formalidades a que nos vamos habituando. A exposição. O ataque cerrado. A defesa de quem não anda aqui por andar. Os elogios. A espera. A alegria! Finalmente estava pronto! Agora só falta esfolar o rabo à pescada e fazer as correcções necessárias para que todos possam ler: “… pelos momentos de descontracção que me proporcionaram nos últimos tempos.” Deixa-os pensar o que quiserem. Nós sabemos bem o que queres dizer! ;)

a 18…

… a calma aparente dos últimos dias, é agora difícil de manter. Mesmo para quem mal te conhece, é perceptível o aproximar das 3. Estás nervoso. Nós também. Sabemos que tudo pode acontecer lá dentro. Ao entrar somos elogiados. A plateia agradece as palavras carinhosas dos “carrascos” e pede silenciosamente que não sejam demasiado severos. A luz apaga-se. É o início do fim. Os elogios rasgados para começar. Os pedidos de esclarecimentos. As simulações (oi??). a optimização (é agora…aiiiiiiii!). Os elogios mais do que merecidos para acabar. Mais uma interminavelmente espera. Que continua por causa das tendinites. O sorriso tímido. O segredo à porta: a nota ficava bem com o dia!! A explosão. E a certeza de que tinha de ali estar. Sabes que sim! ;)

Por fim, quero agradecer as minis pós coiso. A tese impressa. O agradecimento sentido. Os camarões e os lagostins (com penas), o arroz feito a preceito(“tem a certeza?”), a casal Garcia . mas principalmente, quero agradecer por vos ter conhecido e ser vossa amiga!!


Parabéns môs filhos!!

desilusões...

Na vida, as coisas mais pequenas e aparentemente insignificantes, podem ter um efeito devastador em nós. Depois dos actos, as palavras. Poucas mas corrosivas, ecoam cá dentro e destroem o pouco que ainda nos resta. Sem sucesso, tentamos entender a sua proveniência. Mas após cada uma destas frustradas tentativas percebemos que nada percebemos. O bom senso diz-nos para não darmos importância, para desviar o olhar, para seguir em frente, para deixar para trás o que nos feriu. Mas a marca deixada, como se de uma agulha afiada se tratasse, fere-nos o coração e deixa-nos a sangrar… Estas últimas semanas senti-me assim. Triste, desapontada, ferida. Mas nos dias que se seguiram ao golpe a agulha tornou-se romba (ou terá sido o coração que se transformou em pedra?) Sempre defendi a lealdade para com aqueles de quem gosto. Muitas vezes afirmei a minha convicção de que acima de tudo ela tem de prevalecer. Continuo convicta disso mesmo. Sou assim com os outros. Valorizo quem é assim comigo. Não gosto de quezílias, muito menos de as criar. Não gosto de posições extremas nem de radicalizar ideias e vontades. Não gosto de criar maus ambientes e tudo faço para que os outros não sofram com os meus erros. Sabe, quem me é próximo, que guardo para mim os desgostos, tentando não afectar os que comigo convivem. Mas semanas como as que tenho vivido ultimamente não me permitem fingir tanto. Não permitem apaziguar a alma e consequentemente proporcionar grandes momentos. Tem vindo ao de cima o que de mais íntimo tenho.

Quero sair disto mais forte. Mais livre. Mais eu. Quero ser feliz. Não pretendo atingir a felicidade plena (até porque me parece que não existe…), mas quero a felicidade feita de pequenas felicidades. Quero a felicidade feita de outras pequenas coisas que me aquecem o coração. Valem-me, neste momento, as minhas criaturinhas. Aquelas que, todos os dias, me lembram porque não devo desistir e que trabalham melhor que qualquer anti-deprê!

"canção simples"

Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração.
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz.
E...

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus.
Desço nos teus ombros p'ra provar
Tudo o que pediste p'ra levar.
E...

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construi.
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti.

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro p'ra te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter.
E...

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
P'ra saber a dança que tu és.
Quero ser do vento que te faz,
Quero ser do espaço onde estás.

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção.
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar.

E...
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo, vem
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais.

Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.
Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

e começa a escolinha!!!

Hoje faço a introdução a uma fase nova da minha vida. Realizo um semi-sonho. Acompanham-me amigos de há muito tempo, novos amigos e amigos de agora. Faltas-me tu, toupeirinha do meu coração, para este primeiro dia. Mas sei que estás comigo mesmo do outro lado do oceano.

De manhã levarei na lembrança este verão repleto de bons momentos. Umas férias passadas bem próximo do limite. Concretizações de amizades. Revelações de outras. Despedidas. Novos horizontes. E medo. Por ti. Mas levo também a certeza de que tudo está a mudar para melhor. Ventos bons de mudança sopram na minha direcção. Deixo-me ir.

Ao fim da manhã já estarei cansada e com a confirmação (ou não) de que era mesmo isto que queria.

No fim da semana, acredito já estar preparada para os meses de árduo trabalho que se aproximam.

Agora, estou feliz. Por tudo.

tame me...

"(...)
- I am looking for friends. What does that mean--'tame'?"
- It is an act too often neglected, said the fox. It means to establish ties.
- To establish ties'?
- Just that, said the fox. To me, you are still nothing more than a little boy who is just like a hundred thousand other little boys. And I have no need of you. And you, on your part, have no need of me. To you, I am nothing more than a fox like a hundred thousand other foxes. But if you tame me, then we shall need each other. To me, you will be unique in all the world. To you, I shall be unique in all the world . . ."

The Little Prince

banda sonora de uma nova vida...

Le Moulin

ainda do mesmo...

Chuva.Levantar. Correr para o banho. Engolir a torrada e a meia de leite. Vestir o que aparece à mão. Descer precipitadamente as longas escadas. O carro que não pega. O trânsito infernal. Os clientes do costume à espera da minha boleia. Tu. O sol. O dia que começa ali mesmo entre um "bom dia" e um beijo roubado. O estudo. O almoço que nem sempre cai bem. As pausas para os cigarros. O lanche. O sair daquele espaço que nos sufoca. As minis na explanada enquanto se fala da vida. O telefonema de quem, mesmo com tanto para fazer, não se esquece de nós. As compras e o jantar improvisado. O café. As conversas sérias. O último beijo. "até amanha!"

amanhã?? ainda do mesmo... ;)

eu tenho e dói... :(

"A Tenossinovite é um distúrbio inflamatório caracterizado por dor nas inserções tendinosas, com edema e comprometimento funcional variável. Os sítios mais comumente afetados incluem a bainha rotatória nos ombros, os tendões bicipitais, os epicôndilos lateral e medial, o calcanhar e o ponto de inserção do tendão tibial posterior."