desilusões...

Na vida, as coisas mais pequenas e aparentemente insignificantes, podem ter um efeito devastador em nós. Depois dos actos, as palavras. Poucas mas corrosivas, ecoam cá dentro e destroem o pouco que ainda nos resta. Sem sucesso, tentamos entender a sua proveniência. Mas após cada uma destas frustradas tentativas percebemos que nada percebemos. O bom senso diz-nos para não darmos importância, para desviar o olhar, para seguir em frente, para deixar para trás o que nos feriu. Mas a marca deixada, como se de uma agulha afiada se tratasse, fere-nos o coração e deixa-nos a sangrar… Estas últimas semanas senti-me assim. Triste, desapontada, ferida. Mas nos dias que se seguiram ao golpe a agulha tornou-se romba (ou terá sido o coração que se transformou em pedra?) Sempre defendi a lealdade para com aqueles de quem gosto. Muitas vezes afirmei a minha convicção de que acima de tudo ela tem de prevalecer. Continuo convicta disso mesmo. Sou assim com os outros. Valorizo quem é assim comigo. Não gosto de quezílias, muito menos de as criar. Não gosto de posições extremas nem de radicalizar ideias e vontades. Não gosto de criar maus ambientes e tudo faço para que os outros não sofram com os meus erros. Sabe, quem me é próximo, que guardo para mim os desgostos, tentando não afectar os que comigo convivem. Mas semanas como as que tenho vivido ultimamente não me permitem fingir tanto. Não permitem apaziguar a alma e consequentemente proporcionar grandes momentos. Tem vindo ao de cima o que de mais íntimo tenho.

Quero sair disto mais forte. Mais livre. Mais eu. Quero ser feliz. Não pretendo atingir a felicidade plena (até porque me parece que não existe…), mas quero a felicidade feita de pequenas felicidades. Quero a felicidade feita de outras pequenas coisas que me aquecem o coração. Valem-me, neste momento, as minhas criaturinhas. Aquelas que, todos os dias, me lembram porque não devo desistir e que trabalham melhor que qualquer anti-deprê!

0 reacções: